Já se deparou com dificuldades para começar um produto ou projeto?

Tirar um plano do papel está longe de ser uma tarefa fácil. Durante passagens em produtos e projetos de diversos segmentos, sempre vejo pessoas com as mesmas dificuldades de "começar". Mas será porque isso é tão difícil? Como exatamente devemos executar?
A seguir, vou listar as 5 principais dificuldades que venho mapeando e tentar sugerir alguns caminhos:

1. Falta de entendimento dos principais motivadores do negócio e do consumidor final: Engana-se a pessoas que acredita que devemos apenas focar no cliente, entender as dores e dar uma solução, precisamos entender também, os objetivos estratégicos da empresa, entender seus "big numbers" e os princípios do seu negócio. Uma sugestão é aplicar "Golden Circle(É uma abordagem de 3 perguntas)" para os 2 públicos: Por quê, Como? O quê?
   Dessa forma, termos a visão das dores corporativas e do cliente. Acredite, isso vai ajudar muito!

2. Ausência de dados: Nesse momento, podemos nos deparar com uma infinidade de informações. No entanto, não existem informações certas, tudo vai depender do que pode ajudar. Uma sugestão é seguir 4 passos:
   - Análise descritiva: Reconhecer o que está acontecendo, reconhecer o presente.
   - Análise diagnóstica: Entender porque isso aconteceu, trazer o máximo possível de insights do passado.
   - Análise preditiva: Identificação das tendências de mercado, o que pode acontecer no futuro? O que vai poder ajudar os usuários? E a empresa, para qual caminho está seguindo?
   - Análise prescritiva: Quais as medidas a serem implementas? Quais hipóteses devemos testar? Quais as possíveis soluções? E por fim, quais os retornos esperados?

3. Falta de conhecimento do mapa de stakeholders: As vezes não é o bastante apenas conhecer suas partes interessadas, precisamos de muito mais. Lidar da melhor forma com essas pessoas pode ser crucial para o sucesso do seu produto ou projeto. Para isso, uma sugestão é ter um conversa individual com cada um. Durante esse papo, tente gerar um mapa de empatia individualizado, isso vai te ajudar nas abordagens. Cada stakeholder vai ter sua especialidade, tente estudar um pouco de cada assunto e se prepare para cada conversa.

4. Viabilização de tecnologia: Nesse momento, um grande diferencial do líder/gestor é ter um conhecimento básico do lado técnico. Conhecer o funcionamento de microsserviços, cloud, banco de dados, testes automatizados, versionamento de código, CI(Continuos Integration) e CD(Contínuos Delivery). Com uma boa noção desses conceitos, a interação com o time de desenvolvimento ficará muito mais produtiva.
   E isso é apenas o começo, precisamos garantir que temos o time certo com as especialidades corrretas(BackEnd, FrontEnd, Qualidade, SRE, UX, Arquiteto...)

5. Análise ineficiente dos riscos:
   - Risco de mercado: Existe demanda suficiente? A empresa já possui presença no segmento?
   - Risco técnico: Qual estágio de desenvolvimento da tecnologia no lançamento? Existe um modelo semelhando no mercado? A arquitetura vai garantir a evolução tecnológica?
   - Risco de viabilidade: Estamos realmente resolvendo o problema com os quais os nossos clientes se preocupam? Estamos certos de que os clientes querem nosso serviço? Estamos testando como MVP? Estamos criando uma comunidade de Beta Testers?
   - Risco de Usuário: Temos pesquisa com o cliente? Ele realmente pagaria pela solução?
   - Risco de usabilidade: Todas as nossas personas sabem utilizar nossa solução?